sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

QUER PAGAR O PREÇO?
Written by
Alexandre
Quer pagar o preço?
Tudo o que queremos, que visamos em ter, tem o seu preço a ser pago, não falo só em pagar com moeda mas sim em lutar por aquilo que é tão desejado aos nossos olhos.
Pagamos o preço para termos nossa casa própria, nosso carro, um diploma da Universidade, uma família, um emprego etc. Por tudo pagamos um preço, mas há algo que não precisamos pagar, “A NOSSA SALVAÇÃO”, pois ela já foi paga na cruz do calvário. O Senhor Jesus pagou um preço incalculável por minha e por sua vida.
“Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” I Coríntios 6:20
Ele foi açoitado, humilhado, cuspido, ferido por uma lança, coroado com uma coroa de espinhos, teve suas mãos e seus pés furados e foi pregado numa cruz. Ele “PAGOU O PREÇO”. O amor de Deus por nós não tem preço e Ele sempre está disposto a pagar o preço que for por nossa alma, pelo nosso amor, pela nossa atenção à Ele, que esteve nesta terra para sentir o que sentimos e morrer por nossos pecados.
“O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” I Timóteo 2:6
Pagamos por tantas coisas nessa vida, porque não pagamos o preço para termos uma comunhão de intimidade com Deus?
Quer saber o valor da Comunhão?
• Renunciar o mundo
“Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:33
• Amar a Deus em 1º lugar
“E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR vosso Deus, e de servi-lo de todo o vosso coração e de toda a vossa alma,” Deuteronômio 11:13
• Ser Humilhado a ficar calado
“Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” Lucas 14:11
• Buscá-lo dia e noite
“Boas coisas contudo se acharam em ti; porque tiraste os bosques da terra, e preparaste o teu coração para buscar a Deus.” II Crônicas 19:3
• Renunciar a Carne
“Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gálatas 5:17
• Confiar somente em Deus
“Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Salmos 125:1
Deus quer o nosso bem Ele nos ama com um amor que não podemos imaginar, mas podemos sentir. Quem pagaria o preço que Deus pagou por nós, se entregando a morte por um povo pecador, ingrato e pobres de espírito? Somente Ele, Aleluia!
Será que chegar-se a Deus lhe custa Muito?
Não vamos pagar misérias por Deus dê o seu melhor, dê tudo o que tiver, nada nesta terra nos pertence, tudo é dEle e tudo vem dEle.
Quanto você tem pagado para estar próximo de Deus, quanto Vale a sua comunhão?
Que Deus te Abençoe.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Bomba
REDE DE ESCOLAS ADOTA MATERIAL INFANTIL GAY
Sábado, maio 1, 2010 Fonte: O melhor blog do mundo
By Léo Luz
PELOTAS - A tarde desta segunda-feira será lembrada para sempre como um marco na luta pelos direitos dos homossexuais. Uma rede de escolas católicas com filiais em Pelotas, Campinas, São Francisco, na Farme de Amoedo, e em Juiz de Fora, tomou uma decisão que deixaria seu nome nos anais e orais da sociedade: a rede decidiu adotar, em uma atitude à frente do seu tempo, material didático gay nas turmas infantis para o ano de 2011. "É uma decisão importantíssima. Alguém precisava furar este bloqueio e introduzir a temática gay no ensino infantil. As crianças devem ter o direito de escolher entre a bola ou as bolas, entre brincar ou sentar na boneca", declarou Jefferson Amaral, presidente do Movimento Pélvico Nacional Pelo Direito à Introdução da Cultura Gay na Educação Infantil. Dentre os títulos de livros escolhidos estão "Vovô viu o Volume", "Pedrinho e o Ursão Peludão", "Alice no País das Monas", "Chapeuzinho Carmin um LU-X-O da Zara", "Branca de Pancake e os Sete Negões", "Piróquio" e o clássico "Bambi". Já as brincadeiras adotadas foram o "Pega pega aqui", "Esconde esconde a cobra", "Queimando", "Vôlei" e "Passa o Anel".
"Esta diversificação vai fazer muito bem para as crianças. Elas vão se relacionar melhor umas com as outras, vão se compreender e aceitar mais. E o relacionamento delas conosco, da direção, também vai melhorar bastante", declarou o Padre José de Freitas, que acumula as funções de diretor, professor, animador e massagista das turmas infantis.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


SETE PASSOS PARA VOCÊ SE TORNAR UM LÍDER INCOMUM
1 - Conheça a você mesmo: os seus pontos fracos e suas necessidades. “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” (Tm 4:14)
2 - Silenciosamente discirna o caráter, as convicções e a camuflada agenda daqueles que estão ao seu redor. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6:14)
3 - Invista tempo treinando aqueles que veementemente seguem os teus conselhos. “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Vendo Noemi, que de todo estava resolvida a ir com ela, deixou de lhe falar.
4 - Entre em cada conversa e em cada ambiente como aluno perpetuo. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2:15)
5 - Se torne mestre na arte de perguntas implacavelmente inesperadas. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.”(Mt 7:7-8).
6 - Consistentemente recompense os que demonstram honra e verdadeira confiança em você. “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;” (1Ts 5:12)
7 - Ouça constantemente os sussurros do Espírito Santo. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;”. (Jo 10:27)



7 Benefícios de uma vida sem cigarro
Pense em uma lista de benefícios que deixar de fumar trará a você. Coloque esta lista como papel de parede no seu computador, imprima e coloque naquele lugar que você costumava fumar, na porta do armário, na geladeira preso por ímãs, enfim; onde achar melhor. Criei minha própria lista que você pode usar se quiser, adicionando mais itens ou não. O importante é sempre lembrar-se dos benefícios, pois isso pode ajudar nos momentos de dificuldade que sentimos quando estamos parando de fumar.
Minha lista de razões e benefícios para deixar de fumar:
1. Eu vou me sentir mais saudável, com mais energia e mais disposição e melhor concentração naquilo que realmente importa em minha vida: - minha saúde!
2. Eu vou me sentir orgulhosa de mim mesma porque terei mais controle sobre as decisões que tomo em minha vida.
3.  vou ter um ganho substancial em minha qualidade de vida diminuindo os riscos de doenças relacionadas ao cigarro como: ataques cardíacos, câncer, enfisema pulmonar, catarata, etc.
4.  vou ter dentes mais brancos e hálito mais puro, vou tossir menos e respirar melhor.
5. Eu vou ter roupas e cabelos sem aquele cheiro terrível de fumaça de cigarro.
6. Eu não vou expor outras pessoas aos riscos do tabagismo, tornando-os fumantes passivos.
7. Eu vou ter mais dinheiro para realizar aquele projeto há muito esquecido, ou simplesmente comprar o que quiser.

Pastor Silas Malafaia
fará evento “Cruzada Vida Vitóriosa” na Vila Cruzeiro
Após a onda de violência que aterrorizou a Vila Cruzeiro no final de 2010, essa comunidade no bairro da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, será palco de um evento “para levar uma mensagem de ânimo, esperança e paz aos moradores”, segundo os organizadores. No dia 19 de fevereiro, às 19h, a Associação Vitória em Cristo promoverá a Cruzada Vida Vitoriosa para Você no Campo da Ordem, uma área de futebol da região.
A favela viveu durante anos refém de criminosos e era considerada o principal reduto de traficantes do Rio de Janeiro. No final de novembro do ano passado, a situação se agravou, fazendo com que não só aquela comunidade, mas toda a cidade vivenciasse momentos de terror por causa de uma série de ataques. Após a megaoperação da polícia, os traficantes foram expulsos do morro, e a violência, controlada. Agora, os moradores da Vila Cruzeiro desfrutam de uma nova realidade e começam a reconstruir sua vida.
Segundo a AVEC, associação de Silas Malafaia e organizadora da Cruzada, esse evento será para “somar forças com a sociedade e ser um instrumento de bênção para a Vila Cruzeiro, mostrando para os seus moradores como é maravilhoso servir a Cristo e projetar sua nova vida com base nos propósitos do Senhor”.
O Pastor Silas Malafaia será o principal nome do evento, sendo o último a subir no palco e tentará dar ânimo aos moradores com sua pregação. O evento também contará com show de louvor e adoração com Nani Azevedo, Rachel Malafaia, Eyshila, Marco Aurélio, Pr. Jairinho e Jozyanne.
Por Redação Gospel+ em 13 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


A Palavra de Deus
O que vem à sua mente quando você ouve a expressão palavra de Deus? Vejamos como aconteceu no princípio: "Disse Deus: Haja luz e houve luz. Disse também Deus: ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. Disse mais: haja luzeiros no firmamento... E assim se fez." Gênesis 1:3, 9, 14 e 15. Se você ler todo o capítulo 1 de Gênesis, você vai perceber que o instrumento que Deus usou para criar o mundo foi Sua Palavra. Deus falou e logo tudo apareceu.
Não tinha luz na terra e Deus falou e a terra foi iluminada. O que não existia passou a existir. Assim foi com as águas, com a terra, com o firmamento, com o sol, com a lua, com as estrelas, com as plantas e árvores, com os animais e toda a criação de Deus. Deus falou e as coisas aconteceram. Deus disse e tudo se fez de forma bela, plena e com perfeição. O próprio Deus afirmou após cada ato criador, que o que fizera era bom.
Deus deve ter pensado antes de falar. Deve ter imaginado detalhes, formas, cores e planejado de forma minuciosa tudo o que deveria passar a existir pelo poder de Sua palavra. Ele deve ter pensado com carinho e satisfação em tudo aquilo que Ele criaria. Você consegue ver o ar de satisfação na face de Deus depois de ver as coisas que Ele projetou prontas, se movendo, existindo?
Teriam os anjos batido palmas e o universo inteiro se admirado do bom gosto, sabedoria, e o poder do grande artista e arquiteto, o supremo Deus?
Veja o que diz o livro de Jaó, capítulo 39, no verso 7. Na Bíblia na linguagem de hoje este texto foi traduzido assim: "Na manhã da criação as estrelas cantavam em coro, e os servidores celestiais soltava  gritos de alegria. Certamente ecoou nos pensamentos e lábios dos seres criados: "Bendita Palavra de Deus".
Depois de criar todas as coisas por Sua palavra, Deus usaria esta mesma palavra para Se revelar ao homem. Tornar-se conhecido, ser íntimo do homem. No princípio Deus falava face a face com Adão. Você já imaginou o que a conversa de Deus com Adão produzia de bem estar na existência do primeiro homem?
Isto não é difícil de imaginar, porque você, assim como eu, já deve ter tido determinadas conversas com amigos ou parentes, aquelas conversas gostosas que mais parecem uma  fonte de vida e ânimo, do que qualquer outra coisa.
Assim deveria ser entre Adão e Deus. Era uma conversa, uma comunhão vivificante. Ouvir Deus falando, conversar e estar com Ele deveria ser a melhor parte do dia de Adão e Eva.
O diabo veio com o pincel do pecado e borrou todo o quadro perfeito que Deus havia criado. Por causa disto, a palavra de Deus não pode mais chegar ao homem livremente. Houve uma barreira na comunicação Deus - homem.

A partir de então Deus se comunicaria de forma especial, através de pessoas escolhidas, para serem porta-vozes de Deus, e eles são chamados de profetas.
Quarenta profetas que ao longo de aproximadamente 1600 anos escreveram o que conhecemos como a Palavra de Deus, a Bíblia.
O apóstolo Paulo afirmou em II Tim. 3:16 que "toda a escritura é inspirada por Deus". A palavra traduzida por inspirada, vem do grego  theopneustos que significa literalmente "proveniente do fôlego de Deus".
Foi Deus quem inspirou os pensamentos dos profetas e eles com suas próprias palavras, estilos e expressões comunicaram as verdades divinas aos homens. Pedro diz que "Homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (II Ped 1:21). Os escritores bíblicos indicaram que o Espírito Santo foi a fonte de suas revelações.
Davi declarou: "O Espírito do Senhor fala por intermédio, e a Sua palavra esta na minha língua" (II Sam. 23:2). Paulo escreveu: "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns deixarão a fé" (I Tim 4:1). A conclusão que se chega é que Deus é o autor da Bíblia e a Bíblia é a Palavra de Deus.
Quando você entra em contato com a Bíblia é como se você tivesse ao seu lado um divino e amorável conselheiro para orientar e ajudar em todos os seus caminhos. Paulo ainda diz: "Pois tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança" (Rom 15:4). Consolo, esperança, ensino e salvação são resultantes do contato com a palavra de Deus.
Quando você olhar para a Bíblia busque enxergar mais do que papel e tinta. Ela é a palavra de Deus e pode criar em você um mundo de harmonia interior, coloridos, pela paz, bondade, amor, fidelidade, humildade, domínio próprio.
O mesmo Deus que disse: "Haja luz e houve luz", pode fazer ascender uma luz na sua vida onde hoje é só escuridão. A palavra de Deus tem poder para trazer a existência o que não existe. A palavra de Deus pode transformar qualquer situação.
Moffat, o grande missionário da África, gostava de contar uma história como prova de que a Palavra de Deus tem poder para transformar. Um africano estava triste e de cabeça baixa e Moffat então perguntou se alguém havia morrido: - Ninguém morreu, disse o homem. É que o nosso cachorro comeu uma página da Bíblia. Moffat então disse: - isto é tão sério? Eu lhe arranjo outra folha igual. Mas o homem exclamou: - oh, eu não me preocupo com a Bíblia, mas porque agora nosso cachorro não vai mais avançar em ninguém e nem vai lutar com os chacais. Ele vai ficar tão manso como o povo que crê neste livro. Todos os nossos guerreiros se tornaram tão pacíficos como as mulheres por causa da influência da Bíblia, e agora o meu cachorro está estragado. Esse africano de forma até simplória demonstrou o quanto ele cria no que a Palavra de Deus é capaz de fazer.

Deus pensou em você quando inspirou os profetas a escreverem Sua palavra. Na Bíblia há uma mensagem personalizada para você. Através dela Deus quer suprir as suas necessidades mais profundas. O que é mais fácil para Deus, falar e fazer o sol e a lua aparecerem do nada e pendurá-los no firmamento ou através de Sua Palavra escrita fazer-nos novas criaturas?
Que você e eu creiamos também na existência e poder da Palavra de Deus e nos aproximemos dela cada dia para que Deus com seu poder Criador, faça dentro de nós novos homens e novas mulheres e possa olhar para nossa vida com satisfação e dizer: Esta minha obra da criação é muito boa.
Por: Pr. Neumoel Stina

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


Libertação Espiritual: Derrotando Satanás em Nossas Vidas
Há milhares de anos, Satanás entrou no belo jardim de Deus, na forma de uma serpente, e pegou Adão e Eva em sua armadilha. Desde aquele dia até agora, Satanás tem sido o principal inimigo do homem. Até mesmo nestes dias, o diabo anda rugindo como um leão que nos quer devorar (1 Pedro 5:8). Ele emprega muitos métodos. Usando vários disfarces, ele tenta, seduz e engana (2 Coríntios 11:14-15; 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Coríntios 7:5). Ele também aflige, persegue e ataca (2 Coríntios 12:7; Apocalipse 2:10; 1 Tessalonicenses 2:18). Ele usa aliados tais como principados e poderes, e o próprio mundo (Efésios 2:1-2; 6:11-12; 1 João 5:19). Muitos dos que enfrentam esta batalha espiritual poderiam prontamente fazer eco à exclamação de Paulo: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:24).
A Vitória de Cristo sobre Satanás
No próprio jardim onde o homem primeiramente sucumbiu à armadilha do diabo, Deus prometeu um libertador. "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3:15). É muito incomum ver na Bíblia uma referência ao descendente de uma mulher. Quase sempre a linhagem foi contada através do pai. Em toda a história humana depois de Adão, só houve um que não teve um pai humano: Jesus Cristo. E assim este texto fala do conflito entre Jesus e Satanás. Mantendo a imagem da serpente, o texto fala de Jesus pisando nele, por assim dizer. Fazendo isto, ele teria seu calcanhar ferido (um dano relativamente pequeno), mas também esmagaria a cabeça do tentador (um ferimento mortal). Através do Velho Testamento, a humanidade permaneceu amarrada por Satanás, aguardando o cumprimento desta promessa gloriosa.
Finalmente nasceu o Salvador. Ele passou alguns anos "curando a todos os oprimidos do diabo" (Atos 10:38). Olhe especialmente para os exemplos em que Jesus expulsou demônios (note Marcos 1:23-28; 5:1-20; 9:14-29; Mateus 9:32-37; 12:22; Lucas 13:10- 17). É notável que Jesus subjugou os demônios com autoridade. Ele não gritou, não lutou, não usou nenhum encantamento ou instrumento mágico. Ele simplesmente disse uma palavra, e os demônios saíram. Jesus ligou sua expulsão de demônios a seu trabalho maior de esmagar Satanás. "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa" (Mateus 12:28-29). Jesus veio ao mundo para roubar do diabo as almas que tinham estado sob seu domínio. Mas primeiro ele teve que amarrar Satanás, o que ele estava fazendo ao expulsar demônios. Então o cenário estaria preparado para que ele tomasse o domínio do diabo, o domínio que este exercia sobre os homens.
Em repetidas ocasiões, especialmente próximo do fim do seu ministério, Jesus indicava que a crise estava se aproximando. "Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lucas 10:18). "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso" (João 12:31). "Do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado" (João 16:11, veja também 14:30).
Textos incontáveis, escritos depois da ressurreição de Cristo, mostram-no como o vencedor que derrotou a Satanás. Jesus afirmou: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18). "O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos pés . . ." (Efésios 1:20-22). ". . . Por meio da ressurreição de Jesus Cristo; o qual, depois de ir para o céu, está a destra de Deus, ficando-lhe subordinados os anjos, e potestades, e poderes" (1 Pedro 3:21-22). "E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz" (1 João 3:8). Apocalipse apresenta esta grande vitória de Jesus sobre o diabo em forma simbólica (capítulo 12). Nosso Senhor Jesus Cristo derrotou totalmente o antigo inimigo do homem. O Senhor seja louvado!
Nossa Libertação
Nossa própria vitória sobre Satanás está intimamente ligada com o triunfo de Cristo. "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida" (Hebreus 2:14:15). Jesus veio para destruir o diabo e libertar seus súditos. Depois de descrever sua batalha sem sucesso contra a lei do pecado e da morte em Romanos 7, Paulo mostrou que, em Cristo, somos libertados da escravidão (Romanos 7:25; 8:1-4). Cristo é nosso meio de vitória nesta luta aparentemente sem esperança: "Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Romanos 8:37). Ele continuou citando principados e poderes como duas forças que não podem separar-nos do amor de Deus em Cristo (Romanos 8:38-39). "E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco" (Romanos 16:20). Gálatas 4 e Colossenses 2 também mostram como Cristo nos liberta do domínio do diabo.
Isto não significa, obviamente, que derrotamos o diabo em Cristo, sem esforço. Lutamos contra "principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:12). Mas apesar da ferocidade do oponente, o Senhor dá a força do seu poder, com a qual podemos resistir firmemente ao diabo. Ele também nos diz exatamente que armadura usar na batalha: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo- vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica . . ." (Efésios 6:13-18). Note, por favor, que a armadura é especificada. Frequentemente, nestes dias, as pessoas tentam travar batalhas espirituais contra o diabo e seus servos com outros instrumentos, que a palavra de Deus nunca menciona. Neste texto, é a própria Escritura que recebe a principal atenção: "a verdade", "o evangelho", "a palavra de Deus".

Conceitos Errados Sobre a Libertação
Algumas pessoas põem demasiada ênfase no poder de Satanás. Nos seus cultos eles dão mais atenção aos demônios do que ao próprio Cristo. Deste modo, eles minimizam a responsabilidade humana e oferecem desculpas para o pecado. O diabo não pode ser culpado pelo pecado. Ele de fato tenta, mas o pecado ocorre quando nos permitimos ser seduzidos pelos nossos próprios desejos (Tiago 1:14-15). Somos capazes de resistir ao diabo e, se o fizermos, ele fugirá (Tiago 4:7). Deus não permitirá que sejamos tentados acima de nossas forças para resistir; para cada tentação há uma maneira de escapar que é dada pelo Senhor (1 Coríntios 10:13). É um erro sério dedicar mais atenção ao diabo do que ao Senhor. É errado pensar que, em certos casos, somos impotentes para resistir a algum tipo de força superior que o diabo emprega. Eu sou responsável por minhas ações, e quando eu peco não tenho ninguém a quem culpar senão a mim mesmo.
Outro ponto de vista errado é que palavras mágicas ou objetos especiais são necessários para expelir o poder de Satanás da vida de uma pessoa. A feitiçaria nos dias do Novo Testamento se apoiava na repetição de palavras especiais para superar a influência do diabo, mas Jesus condenou esta idéia (Mateus 6:7). A repetição até mesmo do nome de Jesus, de modo supersticioso, virou contra aqueles que o tentaram (Atos 19:13-16). É o poder de Cristo, não a mágica de alguma frase ou objeto que supera Satanás.
Também não podemos superar o diabo através da obediência a regras e leis humanas. Este foi, basicamente, o problema sobre o qual Paulo escreveu em Colossenses 2. Ele falou de regras que os homens inventam para tentarem ser mais espirituais, e disse que elas não dão certo. Através dos séculos, homens têm tentado repelir o diabo através de ascetismo. Jejum, auto-flagelação, e a negação de prazeres lícitos são freqüentemente vistos como maneiras de superar o diabo. Mas o argumento de Paulo em Colossenses 2 é que Cristo e seus mandamentos são tudo o que necessitamos para superar "todo principado e potestade"(Colossenses 2:10, veja 16-23).
Finalmente, o diabo não é superado por espetáculos teatrais. Confrontos verbais com o diabo e gritaria não têm base na Bíblia. Cristo e os apóstolos tinham poder especial para ordenar aos demônios que saíssem das pessoas, mas ordenavam calma e deliberadamente. As Escrituras que Jesus e seus discípulos nos deixaram nos ensinam a usufruir de seu poder em nossas vidas pela submissão a ele e pelo uso da armadura que ele nos deu.
Jesus venceu Satanás. Em Cristo, nós também podemos vencer.  por Gary Fisher

sábado, 8 de janeiro de 2011


Crack
Fumo de crack numa lata de alumínio.Crack é uma droga feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio geralmente fumada. É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.
A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro, o usuário tem alucinações, paranóia (ilusões de perseguição).
Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.
O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa — basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como, por exemplo, uma lata de alumínio furada.
Estudos recentes estao indicando a mistura desta substancia à maconha vendida pelos traficantes no Brasil de forma enganosa, para viciar mais rapidamente os usuários.
História
A história do crack está diretamente relacionada com a da cocaína, droga que surgiu nos anos 60 e que, na época, era grandemente consumida por grupos de amigos, em um contexto recreativo. No entanto, a cocaína era uma droga cara, apelidada de “a droga dos ricos”. Esse foi o principal motivo para a criação de uma “cocaína” mais acessível.
De fato, a partir da década de 70, começaram a misturar a cocaína com outros produtos e conforme outros métodos. Foi assim que surgiu o crack, obtido por meio do aquecimento de uma mistura de cocaína, água e bicarbonato de sódio. Na década de 80, o crack se tornou grandemente popular, principalmente entre as camadas mais pobres dos Estados Unidos.
Efeitos
O crack eleva a temperatura do corpo, podendo causar no dependente um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente.
O livro Overdose, do pesquisador paraibano Jair Cesar de Miranda Coelho, membro do Conselho Estadual de Entorpecentes da Paraíba (CONEN-PB), faz uma análise comparativa entre o consumo de crack na década de noventa e qual o perfil do consumidor e usuário de crack no Brasil atualmente.
A maioria das pessoas que consomem bebidas alcoólicas não se tornam alcoólatras. Isso também é válido para outras drogas. No caso do crack, com apenas três ou quatro doses, às vezes até na primeira, o usuário se torna completamente viciado. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência — depressão, ansiedade e agressividade —, comum a outras drogas estimulantes.
Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por consequência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência.
O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em usuários de crack.
Associação à prática de crimes e promiscuidade
O uso do crack — e sua potente dependência psíquica — frequentemente leva o usuário que não tem capacidade monetária para bancar o custo do vício à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Em alguns casos, podem se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. Tais "sintomas" foram mostrados pelo programa Profissão Reporter, que foi ao ar pela TV Globo, no dia 16/11/2010. O crack pode causar neurofilexia e doenças reumáticas, podendo levar o indivíduo a morte.
Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.
O pesquisador Luis Flávio Sapori, do Instituto Minas pela Paz, que realizou a mais aprofundada pesquisa sobre o assunto, financiada pelo CNPq, aponta que o crack é sem dúvida um fator de risco para a violência urbana. Segundo Sapori, não há uma política nacional de saúde pública para acolher o dependente químico que queira se tratar. Ao mesmo tempo, não há mecanismos para aqueles que necessitariam de uma internação involuntária.
Chances de recuperação
As chances de recuperação dessa doença, que muitos especialistas chamam de "doença adquirida", são das mais baixas que se conhece dentre todas as droga-dependências. A submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.
A imprensa também tem mostrado as dificuldades sofridas por parentes de viciados em crack para trata-los. Casos extremos, de famílias que não conseguem ajuda no sistema publico de saúde, são cada vez mais comuns.
A melhor forma de tratamento desses pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas, mas muitos psiquiatras e autoridades posicionam-se a favor da internação compulsória em casos graves e emergenciais, cobrando previsão legal e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse tipo de internação. Poucas cidades brasileiras possuem o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que oferece atendimento à população e acompanhamento clínico de pessoas com transtornos mentais, entre eles usuários de drogas.
A recuperação não é impossível, mas depende de muitos fatores, como o apoio familiar, da comunidade e a persistência da pessoa (vontade de mudar). Além disso, quanto antes procurada a ajuda, mais provável o sucesso no tratamento. Segundo o médico psiquiatra Marcelo Ribeiro de Araújo, "Faz-se necessário a constituição de equipe interdisciplinar experiente e capacitada, capaz de lhes oferecer um atendimento intensivo e adequado às particularidades de cada um deles, contemplando suas reais necessidades de cuidados médicos gerais, de apoio psicológico e familiar, bem como de reinserção social."
Seis vezes mais potente que a cocaína, o crack tem ação devastadora provocando lesões cerebrais irreversíveis e aumentando os riscos de um derrame cerebral ou de um infarto.
Diferentemente do que se poderia imaginar, porém, não são as complicações de saúde pelo uso crônico da droga, mas sim os homicídios, que constituem a primeira causa de morte entre os usuários, resultantes de brigas em geral, ações policiais e punições de traficantes pelo não-pagamento de dívidas contraídas nesse comércio. Outra causa importante são as doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV por exemplo, por conta do comportamento promíscuo que a droga gera. O modo de vida do usuário, enfim, o expõe à vitimização, muitas vezes e infelizmente levando-o a um fim trágico.
Estudos indicam que a porcentagem de usuários de crack que são vítimas de homicídio é significativamente elevada: O pesquisador Marcelo Ribeiro de Araújo acompanhou 131 dependentes de crack internados em clínicas de reabilitação e concluiu que usuários de crack correm risco de morte oito vezes maior que a população em geral. Cerca de 18,5% dos pacientes morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de AIDS.
Disseminação do vício
 Cracolândia, ponto de consumo de crack em São Paulo, estatísticas e apreensões policiais demonstram um aumento percentual do consumo de crack em relação às outras drogas, vindo seus usuários das mais variadas camadas sociais. Outros estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia da cidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da aids no Brasil.
Outras drogas, sobretudo a cocaína, funcionam, via de regra, como porta de entrada para o crack, a que o usuário recorre por falta de dinheiro, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por curiosidade. Assim, na degenerescência do vício, o crack aparece como o degrau mais baixo (o "fundo do poço").
O efeito social do uso do crack é o mais deletério e, nesse sentido, o seu surgimento pode ser considerado um divisor de águas no submundo das drogas. As pedras começaram a ser usadas no ano de 1990 na periferia de São Paulo e, segundo se diz, de início as próprias quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro não permitiam a sua entrada, pois os bandidos temiam que o crack destruísse rapidamente sua fonte de renda: os consumidores.
Entretanto, em menos de dois anos a droga alastrou-se por todo o Brasil. Recentes reportagens demonstram que o entorpecente tornou-se o mais comercializado nas favelas cariocas multiplicando os lucros dos traficantes.
Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País, atingindo cidades grandes, médias e pequenas. Efetivamente, é o que aponta recente pesquisa da Confederação Nacional de Municípios, amplamente divulgada, segundo a qual o crack é consumido em 98% das cidades brasileiras.
Alguns consumidores, em especial do sexo feminino, na prostituição de baixo nível, visando somar recursos para manter o próprio vício, utilizam-se da introdução de pequenas porções de crack em cigarros de maconha, no que é chamado de "desirée", "craconha" ou "criptonita", na gíria do meio consumidor e traficante de crack. Esta prática também é utilizada por traficantes, que adicionam ua pequena quantidade de crack à maconha e vendem aos usuários, sem que estes saibam. É uma tática cruel para obter novos viciados.
Questões econômicas
Embora gere menos renda para o traficante por peso de cocaína produzida, o crack, sendo mais viciante, garante um mercado cativo de consumo.
A pressão sobre o tráfico de cocaína (de menor volume e maior valor agregado) para os países ricos, tem deslocado o tráfico para o mercado de crack, passível de ser facilmente colocado para populações de baixa renda.

Cocaína
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
3-benzoiloxi-8-metil-8-azabiciclo. [3.2.1]octano-4-carboxilico
Identificadores
CAS 50-36-2
ATC N01BC01
PubChem 5760
DrugBank APRD00080
Informação química
Fórmula molecular C17H21NO4 
Massa molar 303,353 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade  ?
Metabolismo Hepático
Meia-vida 1 hora
Excreção Renal
Considerações terapêuticas
Administração tópica, oral, inalação, intravenosa.
DL50  ?
Cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico é um alcalóide usado como droga, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, com efeitos anestésicos [1] e cujo uso continuado, pode causar outros efeitos indejados como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos.[1] A produção da droga é realizada através de extração, utilizando como solventes álcalis, ácido sulfúrico, querosene e outros.[2]
Índice [esconder]
1 História
1.1 Andes e arbusto da coca
1.2 Primeiras experiências
1.3 Popularização
1.4 Proibição
1.5 Uso moderno
2 Erythroxylum coca
3 Produção
4 Padrões de uso
5 Mecanismo de ação
5.1 Enquanto anestésico local
6 Toxicologia
7 Efeitos
7.1 Efeitos imediatos
7.2 Efeitos em altas doses
7.3 Efeitos a longo prazo
7.4 Efeitos tóxicos agudos
8 Tratamento da toxicodependência
9 Epidemiologia da toxicodependência
10 Testes para detecção do uso de cocaína
11 Tráfico e custos sociais da cocaína
12 Propriedades físicas e químicas
13 Notas e referências
14 Ver também
História
Andes e arbusto da coca
A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Peru, Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio activo, por esta via, é muito baixa). Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.
Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios ao cristianismo, declararam a planta produto do demónio.
O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas e ossos partidos ou curar a constipação/resfriado. A coca foi levada para a Europa em 1580.
Primeiras experiências
O alcalóide cocaína foi isolado das folhas de coca por Niemann em 1859[3] ou 1860, que lhe deu o nome. No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em 1855[3] ou 1856.[4]
Vinho MarianiO seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à America do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Angelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo do etanol que as infusões de água ou chás usadas antes). O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica.
A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluír cocaína nos seus ingredientes[1], e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atractivo inicial da bebida.
A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, o Papa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico).
Popularização
Anúncio à Coca-Cola com cocaína, c1900.A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodepêndencia de morfina. Em Viena, Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre as suas experiências.[5] Contudo acabou por se desiludir com a dependência a que foram reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.
A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injectável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor". O fictional Sherlock Holmes (personagem de Arthur Conan Doyle) chega mesmo a injectar "cocaine" nas veias numa das histórias! Em 1909 Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antartica, assim como o Capitão Robert Scott.
Proibição
Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas, e nos EUA pelos afro-americanos, acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos EUA sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado directo do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.
Uso moderno
Crack. Apesar dos motivos iniciais é consensual entre a comunidade médica que os elevados efeitos auto destruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da proibição atual.
O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruinam-se ainda mais por todo o mundo devido ao seu consumo.
Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para comprar ambas, compram somente o crack. Porém isso não é uma regra, muitos usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína, depende da assimilação do usuário.
Muitos preferem a cocaína ao crack, pois já estão viciados psicologicamente no ritual da inalação. O crack é dito por muitas pesquisas que é mais barato do que a cocaína, porém não é o que foi constatado, pois comparando a utilização de ambas as drogas, o crack acaba mais rápido e o efeito, apesar de mais forte, é mais curto que o da cocaína, durando cerca de 20 minutos no máximo.
A cocaína não produz o mesmo efeito depois de anos de utilização, então no usuário que consome 1 grama, ela não causa mais efeito e o crack com a sua utilização, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos durador do que a cocaína, isso é, o usuário constata um efeito rápido com a cocaína, mas com o crack, a duração do efeito é menor, pois na hora que o usuário solta a fumaça, o efeito já está no fim.
Muitos usuários de cocaína ou crack abusam e muito, da droga, pois o seu efeito é rápido e a vontade de ter as sensações causadas psicologicamente pela droga novamente fazem com que muitos utilizem doses maiores, o que, às vezes, pode acabar numa overdose.
Erythroxylum coca
A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca), mas só tem valor comercial quando refinada. A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.
Produção
Deve-se diferenciar a produção da cocaína em dois processos claramente distintos. Na produção industrial de refrigerantes a base de extrato de coca é um subproduto sob alto controle governamental, oriundo da "decocainização" do extrato, que finalmente apresenta dois fins: ou a destruição ou a comercialização altamente controlada para fins de pesquisas biológicas, médicas e de síntese orgânica.
A produção por este processo é uma extração com soluções e solventes adequados, visando retirar o máximo possível da cocaína naturalmente presente nas folhas de coca, visando se chegar a uma concentração que seja permitível pela legislação dos diversos países onde os xaropes básicos dos refrigerantes a base de coca são consumidos.
A produção do alcalóide, historicamente, é a mesma que hoje, em ambiente rústico, é a usada pelos grandes produtores/traficantes de cocaína.
Em recipientes (ou até mesmo buracos no chão, impermeabilizados) é colocada uma grande quantidade de folhas secas de coca, que a seguir, são maceradas com querosene. Após a maceração, as folhas são removidas e transferidas para outro recipiente e mergulhadas em solução de ácido sulfúrico visando acidificar o alcalóide e formar sulfato de cocaína, higrina e outros compostos, solúveis em água. O líquido é então decantado e tratado com alguma substância alcalina, como o carbonato de amônio, o que resulta na pasta base, que é solúvel em solventes orgânicos e insolúvel em água.
A seguir, a pasta base é dissolvida em acetona ou éter etílico, normalmente, que dissolvem a cocaína básica, e com acréscimo de água, precipitam a cocaína, que por filtração encontra-se em elevado grau de pureza. Pela volatilidade, os solventes são completamente eliminados do pó obtido, não chegando a deixar aroma, critério fundamental para sua vendabilidade como cocaína pura.
A cocaína, agora pura e economicamente transportável, será diluída com diversas substâncias, entre elas , destacadamente, os dificilmente detectáveis como diluição pelos consumidores (com fins ditos recreativos) anestésicos locais, como a lidocaína. Acrescenta-se também ácido acetilsalicílico, cimento branco, talco e até pó de vidro.
Estima-se que produção de 1 kg de pasta-base requer entre 600 a 750 kg de folha de coca, gasolina, ácido sulfúrico, cimento, dentre outros produtos..[6]
Padrões de uso
Pó de cocaína.A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de cocaína). Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sangüínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose.
O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos da América como "cocaína dos pobres e mendigos".
A via intravenosa é mais perigosa devido às infecções. Ela produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) da mucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.
O consumo da cocaína vem diminuindo desde 1990. Desde essa data o seu crescimento tem sido substituído pelo da heroína. O consumo de cocaína e heroína ("speedballs" ou "moonrocks"), uma prática extremamente perigosa, tem aumentando recentemente.
A cocaína, como grande parte das drogas, é metabolizada no fígado. Conjuga-se com etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.[1]
Ver artigo principal: Crack
Mecanismo de ação
A cocaína é um inibidor da enzima MAO (monoamina oxidase), da recaptação e estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, existentes nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local.
A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático (sistema nervoso autônomo). Elas são normalmente activadas em situações de stress agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto aos órgãos de modo a obtê-las: aumentam a contração e freqüência cardíacas, aumentam a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam a tensão arterial. O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico, excitado, com mente clara e sensação de paragem do tempo. A cocaína é um forte potenciador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia.
A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas vias. O consumidor sente-se extremamente auto-confiante, poderoso,irresistível e capaz de vencer qualquer desafio, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou habilidade. Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e prevertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e confiança face a situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente. O bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do tempo passado desde a última dose. A motivação do indivíduo torna-se "irreal", desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou aprendizagem de formas de lidar com novos desafios, para se concentrar apenas na droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossível de atingir de outra forma.
Enquanto anestésico local
A cocaína também é um eficaz anestésico local simpatomimético, tendo sido o primeiro do grupo a ser usado, e ainda em uso hoje em algumas cirurgias respiratórias. O mecanismo desta ação é totalmente diferente da ação psicotrópica. Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de acção e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados. A cocaína tem vindo a ser substituída por outros fármacos não psicotrópicos e sem outros efeitos adversos mas com a mesma função. Ela apresenta efeitos secundários devido à quantidade que extravasa para o sangue, provocando estimulação simpática (hipertensão, taquicardia) e mesmo convulsões.
Toxicologia
Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.
Efeitos
Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.
A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo.
Efeitos imediatos
Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada dose. Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis.
Os seus efeitos imediatos duram de 30 a 40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no sistema nervoso central estão:
(i) efeitos psicológicos: euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios.
(ii) efeitos no organismos: taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos (sensação do coração bater mais rápido e mais forte contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, midríase (dilatação da pupila), hiperglicemia, suor e salivação intensa e com textura grossa, dentes anestesiados.
Efeitos em altas doses
É muito difícil definir a dose considerada alta, visto que varia de pessoa a pessoa e varia de acordo com a porcentagem de pureza da cocaína consumida. Para alguns organismos, com apenas 1g, ou um papelote, os efeitos abaixo descritos já começam a aparecer.
Os efeitos, em altas doses, são: convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranóia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose.
As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia.
Efeitos a longo prazo
A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido. Para obter os mesmos efeitos, o consumidor tem de usar doses cada vez maiores. Os efeitos da cocaína, com o tempo, começam a durar menos e começam a ter intensidade menor com o tempo de uso, então o consumidor consome cada vez mais a droga para se satisfazer na mesma intensidade que antes. Provoca danos cerebrais extensos em um curtíssimo período de tempo de consumo.
É realmente muito difícil definir o período de tempo em que pode-se começar a notar os efeitos aqui descritos. Pode variar de acordo com a frequência de uso e a pureza da cocaína consumida. Pode-se dizer que não se trata de um tempo muito longo para começarem a aparecer estes efeitos. Há pessoas que após consumo de uma pequena quantidade desta droga durante alguns meses começam a apresentar alguns dos sintomas aqui descritos.
A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Ha comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), o álcool ou o tabaco.
A longo prazo (alguns meses) ocorrem invariavelmente múltiplas hemorragias cerebrais com morte extensa de neurônios e perda progressiva das funções intelectuais superiores. São comuns síndromes psiquiátricas como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.
Efeitos a longo prazo:
Perda de memória
Perda da capacidade de concentração mental
Perda da capacidade analítica.
Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas
Destruição total do septo nasal (se inalada).
Perda de peso até níveis de desnutrição
Cefaleias (dores de cabeça)
Síncopes (desmaios)
Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por insetos")
Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.
Efeitos tóxicos agudos
Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:
Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal.
Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos)
Trombose cerebral com AVC.
Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática.
Necrose (morte celular) cerebral
Insuficiência renal
Insuficiência cardíaca
Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.
Tratamento da toxicodependência
A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuida. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do receptor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação.
A imunização ativa é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.
Epidemiologia da toxicodependência
A cocaína é a segunda droga ilegal mais consumida, depois da maconha.
Testes para detecção do uso de cocaína
Os testes usados para apontar o uso de cocaína, basicamente são os mesmos para usados para descobrir o consumo de outras drogas. Os principais tipos de testes utilizados podem analisar o sangue, a urina, o suor ou o cabelo e pelos. Os exames de sangue possuem uma janela de detecção de até dois dias, possuem baixa eficiência do resultado e podem apontar falsos positivos, enquanto os exames de urina além de submeter o paciente a certo constrangimento durante a coleta do material também pode acusar falsos positivos, embora em menor escala. A janela de detecção vai até três dias após o uso de determinadas substâncias, porém o grau de eficiência do resultado é baixo. Já os exames que baseiam-se em amostras de pelos ou cabelos, possuem larga janela de detecção (90 dias), eficiência nos resultados e não há possibilidade de falsos positivos.[7]
Tráfico e custos sociais da cocaína
A cocaína é ilegal em todos os países do Mundo. A planta da coca é cultivada legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida. Normalmente a refinação é feita nos Estados Unidos, maior consumidor não só de cocaína, mas de drogas do mundo.
A cocaína é a droga com maiores vendas em dinheiro na maior parte do mundo. Nos EUA em 2003 terão sido vendidos 35 milhões de dólares do produto.
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Propriedades físicas e químicas
Cocaína
Alerta sobre risco à saúde
Outros nomes Cocaína
Identificadores
Número CAS 50-36-2
PubChem 5760
DrugBank DB00907
Propriedades
Fórmula química C17H21NO4
Massa molar 303.33 g mol-1
Ponto de fusão 98 °C [8]
Riscos associados
Frases R R23/24/25, R43
Frases S S22, S36/37/39, S45
LD50 96 mg·kg−1 (Camundongo, via oral) [9]
13 mg/kg (Cão, via oral) [10]
Excepto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições PTN
Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.
Notas e referências
1.↑ a b c d Cocaína - Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas. Página visitada em 09/03/2009.
2.↑ Plantas tóxicas. Página visitada em 09/03/2009.
3.↑ a b História da Cocaína. www.alcoolismo.com.br (13/01/2010). Página visitada em 05/04/2010.
4.↑ Flávia Campos Bahls, Saint-Clair Bahls; Cocaína: origens, passado e presente; Interação em Psicologia, 2002, 6(2), p. 177-181
5.↑ Freud, Sigmund. 1884. Ueber Coca. Centralblatt für die gesammte Therapie 2: 289-314, Seite 300 f., http://vlp.mpiwg-berlin.mpg.de/library/data/lit29488.
6.↑ Gustavo Leal de Albuquerque; O crack em Pernambuco ; ABIN - Agência Brasileira de Inteligência - www.abin.gov.br
7.↑ Testededrogas
8.↑ Thieme Chemistry (Hrsg.): RÖMPP Online - Version 3.1. Georg Thieme Verlag KG, Stuttgart Predefinição:Datum.
9.↑ DrugBank
10.↑ Institut für Veterinärpharmakologie und -toxikologie, Zürich, Schweiz; http://www.vetpharm.unizh.ch/clinitox/toxdb/KLT_062.htm?clinitox/klt/toxiklt.htm (Stand 3.10.2006) Origem: Wikipédia

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